O Brasil registrou média móvel de mais de mil mortes por dia por covid-19 neste domingo (10), patamar que não era atingido desde julho de 2020. Isso levou a deputados federais e senadores a intensificarem as articulações para a retomada do pagamento do , que foi pago a 67,9 milhões de pessoas no ano passado.
O presidente (sem partido) negou mais uma vez a continuidade do benefício no dia 30 de dezembro: "Querem que a gente renove [o auxílio emergencial], mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite". E defendeu a reabertura da economia, dizendo que a população tinha que enfrentar o vírus. "Toca a vida."
O ministro da Economia, , contudo, havia dito, em 12 de novembro que "prorrogação do auxílio emergencial, se houver segunda onda, não é possibilidade, é certeza". , o ministro admitia que, para ele, a segunda onda ocorreria com a média diária ultrapassando as mil mortes - o que veio acontecer do domingo.
Mesmo em recesso, congressistas discutem a necessidade de aprovar mais um decreto de calamidade pública para retomar o pagamento do auxílio emergencial sem estourar o teto dos gastos públicos. Alguns defendem a interrupção do recesso para que isso seja colocado em votação.
Parlamentares da oposição têm defendido a manutenção do benefício no valor original - de R$ 600 para os trabalhadores informais e R$ 1200 para famílias monoparentais chefiadas por mulheres.
Se a pressão surtir efeito, o Ministério da Economia, contudo, vê pagamento semelhante à média do Bolsa Família, R$ 193 - valor próximo dos R$ 200 defendidos originalmente por Guedes para o auxílio emergencial, no início da pandemia.